terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A ilha dos enigmas

Para falar a verdade, não tenho o hábito de escrever histórias fantásticas, cheias de seres mitológicos, ou algo do tipo, mas o que vou narrar agora pode parecer surreal para algumas pessoas. Cabe a você, assíduo leitor, comparar e interpretar os fatos descritos a seguir como quiser e bem entender. 
Então sem mais delongas...
Distante 42 milhas da costa, em pleno Oceano Pacífico, está Nirraj: ilha cercada por águas calmas e serenas.
Poderia levar horas falando de suas belezas: suas montanhas imponentes; seus prédios dourados em forma de pirâmide; seus cinco palácios de mármore... Mas, com toda certeza, o que mais chama a atenção em Nirraj é o seu poder de ludibriar e encantar de maneira sutil e imperceptível. Conhecida como a ilha dos enigmas, Nirraj é uma ilha cheia de cores, imagens, sons e formas que interagem simultaneamente com seus habitantes; repleta de segredos e superstições. Dizem que todos aqueles que a visitam se apaixonam e nunca mais retornam; muitos afirmam que Nirraj revive seu passado a cada minuto que se entende. Ela trás consigo, desde seus primórdios, as conquistas, os amores e esperanças de todos os seus habitantes.
Tudo em Nirraj possui algo de mágico, de lúdico: no primeiro dia da primavera, sentado num banco da praça, pode-se perceber o quanto o tempo parece não estar presente naquele momento, o tempo passa como uma leve brisa de verão em uma noite quente de verão. O tempo em Nirraj passa sempre sem querer passar.
Agora, espero que algum dia, em algum lugar, alguém leia estas palavras que escrevo de toda a minha alma, estas palavras que coloco nesta simples garrafa de vidro e arremesso em pleno Oceano pacífico. Espero sinceramente, que saibam que sou muito feliz aqui, em Nirraj: a ilha dos enigmas.


Leomir Santana